Circular Nº 211

Reunião para Cooperadores de Jovens e Menores

Ministério e Irmandade

Publicada em 02 de dezembro de 2024

PORTUGUÊS      INGLÊS       ESPANHOL     FRANCÊS

 

INICIOU-SE ESTA REUNIÃO EM NOME DO SENHOR JESUS


1.    RECITATIVOS DOS PONTOS DE DOUTRINA E DA FÉ QUE UMA VEZ FOI DADA AOS SANTOS
Os auxiliares das Reuniões de Jovens e Menores devem ser instruídos a, periodicamente, ministrar recitativos às crianças e aos jovens os pontos doutrinários acima referenciados, pois isso os fará conhecer melhor os fundamentos de nossa crença cristã.
Quanto aos recitativos, deve-se privilegiar textos contidos nos livros de Salmos, Provérbios e no Novo Testamento, com conteúdo que possa promover uma reflexão espiritual numa simples leitura e/ou audição.

2.    JUGO DESIGUAL
Literalmente, o termo jugo se refere a uma peça feita em madeira e utilizada para prender os bois à carroça ou ao arado, de tal forma que cada animal fica atrelado ao outro por esse dispositivo. 
Nas Escrituras, o jugo é usado como uma figura de linguagem que nos remete a ligação forte que deve existir entre o cristão e Cristo Jesus, de forma a ser por Ele guiado e conduzido pelo jugo do Evangelho da Graça. Todavia, quem não tem o Espírito Santo, está preso em um outro jugo, o jugo do pecado e das trevas. Por essa razão, a vinculação de um cristão a uma pessoa não cristã o submeterá a outra influência, o expondo ao sério risco de deixar o convívio com o Senhor, não andando mais junto do Mestre, como está escrito: 

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”. (Amós 3:3) 

Portanto, se entende que o jugo desigual é a união de um crente com uma pessoa natural, não cristã, seja pela via do namoro, casamento, sociedade comercial, sociedade secreta ou qualquer outra forma de compromissos estreitos, cujos valores espirituais divirjam do padrão do evangelho genuíno de Cristo. Por isso está escrito em 2Cor 6:14 e 15: 

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?”.

3.    PROIBIÇÃO DE SE COMER O SANGUE
O sangue é a vida do corpo biológico, sendo responsável pela alimentação no nível das células, irrigando com vida todo o organismo animal. É sabido que nas regiões onde o sangue para de circular, ocorre a necrose, a morte do tecido, assumindo este a condição de morto, infartado. 
Deus se refere ao sangue como sendo a vida do corpo (Gen. 9:4), por isso mesmo, ele sempre foi usado por Deus nos cerimoniais como elemento purificador, não devendo jamais ser consumido como alimento, visto que, sendo a vida do corpo, sua ingestão implicaria em se tomar como nutrimento a vida do animal. 
Quanto aos sacrifícios requeridos pela Lei, naquelas ocasiões, numa atitude de misericórdia para com os homens, o Senhor transferia a culpa do pecado para o sangue daqueles animais, sacrificados no lugar do pecador, pagando àquela vida o pecado do transgressor.
Uma síntese da prática de se purificar pecados com sangue, pode ser confirmada na epístola aos Hebreus: 


“Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue (Heb. 9:18)”.

 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. (Heb. 9:22)

Assim entendido, o Senhor, se fazendo maldição por nós, na sua morte transferiu as nossas culpas para o sangue da Sua cruz, nos perdoando e purificando definitivamente nossa consciência pela fé.

4.    PROIBIÇÃO DE SE COMER CARNE SUFOCADA
A carne sufocada é aquela que possui o sangue dentro de si, que não foi sangrada. Isto é, cujo sangue encontra-se sufocado dentro de suas veias e artérias. Por isso, comer carne sufocada se configura numa transgressão semelhante à ingestão do sangue como alimento. 

5.    IDOLATRIA
Existe uma imensurável diferença de significado entre a palavra criatura e Criador. 
A palavra Deus é utilizada para nomear o Criador do universo; sendo empregada para designar o formador de todas as coisas que existem, tanto as de natureza física quanto às de natureza espiritual. 
É Deus quem sustenta o universo, sendo Sempiterno, Infinito, Supremo, Único e Incriado. Por essa razão, buscar salvação em qualquer ser ou coisa criada é um desvario enorme. 
Nem os anjos mais excelentes jamais excederão a condição de criaturas advindas de Suas mãos sagradas, como se lê:

 “E, quanto aos anjos diz: O que de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labaredas de fogo”. (Heb. 1:7)

Jesus Cristo é o único nome dado por Deus aos homens para ser nosso Redentor. Em virtude disso, foram excluídos todos e quaisquer outros nomes, tanto na terra como no céu, por intermédio do qual possamos ser salvos.

“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”. (1Tim. 2:5)

Portanto, adorar a qualquer imagem, criatura, ser humano ou anjo é desvio doutrinário grave, pois vai contra os ensinamentos do Senhor, sendo proibido pela Palavra de Deus. 
A figura de Intercessor único é reforçada pelo ensino do Senhor Jesus, recomendando que orássemos a Deus em Seu nome: 

“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. (João 14:13) 

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos”. (At. 4:12) 

Como visto, a idolatria é abominável na avaliação de Deus, e não se restringe à adoração de ídolos; ou seja, não se encontra limitada à prática de adoração de imagens em semelhança daquilo que está no céu, na terra ou nas águas. 
No passado, o Senhor Deus classificava essas transgressões como adultérios espirituais. A título de exemplo, existem pessoas que adoram o seu próprio ego, outras adoram o poder, outras adoram artistas, atletas, fama, ciência humana, beleza física, a natureza, o dinheiro, além de tantas outras formas de consagrar o coração, feito para adorar unicamente ao Deus bendito. 
O apóstolo Paulo alertou para uma dessas modalidades diferentes de idolatria, escondida na figura do excessivo apego ao dinheiro (Col. 3:5).

6.    TRADUÇÕES DA BÍBLIA SAGRADA
As instituições que imprimem Bíblias têm feito um excelente trabalho disseminando traduções das Escrituras Sagradas no vernáculo de cada País, região e tribo. 
É o Evangelho, o poder salvador de Deus, que chega às partes mais distantes e de difícil acesso da terra. 
Embora haja boas traduções em língua portuguesa no nosso País, a Congregação Cristã tem adotado como Bíblia padrão a tradução João Ferreira de Almeida, edição Revista e Corrigida na grafia simplificada. A padronização visa o alinhamento da igreja na leitura que se faz da Palavra de Deus nos santos serviços. 
Aconselha-se aos novos irmãos que se orientem junto ao ministério local da igreja qual a tradução utilizada no país. 
Lamentavelmente, no mercado existem traduções da Bíblia com alterações que ferem a mensagem nos textos originais. Por essa razão, sugerimos a irmandade que adquiram as Escrituras Sagradas na Congregação Cristã, no setor de Bíblias, as quais estão disponíveis, inclusive, com preço abaixo do mercado.  

7.    INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS SANTAS
Por inerrância entende-se que o registro autógrafo original é isento de erros ou contradições. É a Palavra de Deus, Ser perfeito. 
O registro da mensagem das Escrituras Sagradas foi produzido não por vontade de homem algum, mas inspiradas pelo Espírito Santo, escritas em épocas e circunstâncias diferentes por cerca de quarenta autores. 
Não trazem divergências ou contradições em seus registros originais, mas unidade escritural, de sorte que, um texto de difícil compreensão pode ser entendido à luz de outra passagem mais clara, é a Escritura explicando a Si mesma no que tange a salvação, santificação e advertência, provando o poder sobrenatural de Deus agindo nos homens santos que as escreveram. 
Não se nega que há pontos de difícil compreensão e que os homens em seus argumentos especulativos em torno do Sagrado se contradizem. 
Há assuntos na Bíblia que a Deus pertence, não tendo revelado aos homens aquilo que só a Ele compete saber.

8.    INFALIBILIDADE DAS ESCRITURAS SANTAS
Infalibilidade significa que as Escrituras não falham em suas afirmativas, sejam elas históricas descrevendo fatos, sejam elas proféticas. Essa infalibilidade pode ser provada conforme segue: 

“Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou: com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele.” (Deut. 18:22)

“Palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu.” (Jos. 21:45)

“E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra.” (1Sam. 3:19)

“Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o, que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, ...” (Mat. 1:22)

“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” (Mar. 13:31)

“Aos quais, também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeita ao reino de Deus.” (At. 1:3)

9.    NATAL
Não cultivamos a tradição religiosa de se comemorar a festa de natal. A razão de não comemorarmos o nascimento do Senhor Jesus é que, além de a data de 25 de dezembro não ser comprovada como dia do Seu nascimento, ainda essa data remonta de uma antiga comemoração pagã denominada Saturnália. 
O nascimento do Senhor Jesus, como fato histórico isolado, não provocou nenhuma mudança na história da humanidade, não sarou nossas enfermidades espirituais, não nos dispensou o Espírito Santo, não nos reconciliou com Deus tampouco nos deu direito da vida eterna. 
Nossa consciência foi lavada pelo sangue do sacrifício do Senhor, que nos abriu caminho ante a face de Deus, rasgando o véu da incredulidade que estava posto sobre os nossos corações. 
Foi a morte, e não o nascimento de Jesus que nos tornou filhos de Deus, legitimados em seu vitupério (Col. 1:21; Rom. 6:3 e Fil. 3:8). 
A importância do nascimento de Jesus, é inquestionável. 
Ele trouxe esperança para os homens, cumpriu a profecia e a determinação divina; entretanto, a salvação, a reconciliação com Deus e a vitória da Igreja sobre todo o mal se deu na cruz, no Seu sacrifício em nosso lugar (Rom. 5:10 e Apoc. 7:13 e 14). 
Portanto, a celebração do nascimento de Jesus Cristo no mês de dezembro não possui embasamento doutrinário, se configurando em mero costume religioso, associado a forte interesse comercial, se utilizando de símbolos que não guardam nenhuma relação com Cristo e tampouco geram fruto de salvação. 
Concluímos que a Bíblia não respalda a prática desse festejo religioso, muito menos o uso de seus símbolos. As palavras do próprio Senhor Jesus nos determinam a que celebremos a sua morte, pedido claro, feito pelo Senhor na Santa Ceia, onde se cumpre o seu mandamento: “fazei isso em memória de mim até que eu volte”.

10.    PERSEVERANÇA NA FÉ EM AMBIENTE UNIVERSITÁRIO
A fé é um dom de Deus que deve ser cultivada com orações, consagração e até com jejuns. O bom convívio cristão fortalece os vínculos da fé em Cristo Jesus assim como as más conversações corrompem os bons costumes (1Cor. 15:33). 
O convívio mais próximo em ambientes universitários, deve ser preferentemente com pessoas que possuam a mesma escala de valores morais e espirituais que aprendemos no Evangelho da graça. 
Para um crente se manter de pé em ambientes hostis à vida cristã, é necessário se apartar de tudo que seja contrário à lei divina e buscar continuamente proximidade com Deus pela via das orações, se dedicando em conhecer a Santa Palavra de Deus.

11.    SE TODOS VIERAM DE ADÃO E EVA COMO EXPLICAR AS ETNIAS?
Cremos pela fé que todas as etnias estavam contidas no código genético de Adão e Eva as quais, ao longo do tempo, se manifestaram nas descendências subsequentes. 
As Escrituras Sagradas possuem registros claros que todos os seres humanos descendem de um único casal, sendo todos humanos advindos de uma única mulher: 

“E chamou Adão o nome de sua mulher, Eva; porquanto ela era a mãe de todos os viventes.” (Gen. 3:20) (*vide observação) 

“... pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos...” (At. 17:25 a 26) (*vide observação)

*observação - existe um documento científico afirmando que todos seres humanos descendem de uma única mulher (“Mitochondrial DNA and Human Evolution”, Nature, Vol. 325, January 1987, p. 31-36)

12.    ACONSELHAMENTO AOS JOVENS E CRIANÇAS QUANTO AO PERTENCIMENTO À FAMILIA E À IRMANDADE E NAS ATIVIDADES E CONVÍVIO NA IGREJA
O amor também é alimentado por intermédio do bom convívio. Por isso, a convivência entre irmãos é muito importante como se lê: 

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sal. 133:1) 

Por essa razão devemos incentivar a mocidade a se envolver em atividades na igreja, tanto na esfera administrativa quanto na limpeza, salas de costura da Obra da Piedade, estudo da música e visitas. Isso os fará sentir parte integrante dessa grande família que é a Igreja.


13.    ENSINO SOBRE OS TRÊS SACRAMENTOS DA IGREJA
Os Cooperadores de Jovens e Menores devem ensinar os três sacramentos deixados pelo Senhor Jesus.
Entendemos por sacramento/ordenança cada um dos ritos instituídos com base no Novo Testamento, os quais simbolizam a ação divina na vida daquele que crê, se tornando um ato visível da Graça de Deus para Sua glória, naqueles que se fazem parte integrante da Igreja e que exercitam a fé. 
Assim, a partir do Novo Testamento, confessamos três sacramentos: Batismo (por imersão) nas águas, Santa Ceia e Unção para enfermos. 
O batismo (Atos 2:38; Mat. 28:19) simboliza a morte e o novo nascimento daqueles que creram no Senhor Jesus. 
A Santa Ceia do Senhor (Luc. 22:19 e 20, 1Cor. 11:26, João 6:51, João 6:53 a 57, 1Cor. 11:20 a 22, 1Cor 11:27 a 30 e At. 20:7) é um memorial do sacrifício vicário de Jesus Cristo por nós. 
A Unção com azeite é uma das atribuições dos presbíteros da Igreja, quando solicitados a tanto. Se trata de um socorro espiritual provido por Deus a ser obtido pela fé do enfermo, visto que nesses sacramentos, a Palavra de Deus assevera que levantará do leito da enfermidade o fiel. Pela mesma fé manifesta, o doente obterá a concessão do perdão de seus pecados (Tiago 5:13 a 15). 
Esclarecemos que a unção para enfermos não é imperativa, ou seja, não é determinada a todos os crentes, visto atender a uma necessidade específica e opcional, diferentemente da Santa Ceia e do Batismo.

14.    FORMA DE PREGAÇÃO DIVERSA PARA CRIANÇAS E JOVENS
A forma do ensino doutrinário ministrado pelos Cooperadores de Jovens e Menores à Igreja deve ser diferente para jovens e para crianças, visto haver grande distinção na capacidade cognitiva entre esses dois grupos. 
As crianças requerem palavras simples, pausadas e calmas, com exemplos cuidadosamente colocados, sem expressões fortes e/ou exposição de conteúdo que possa chocá-las, lembrando da Palavra escrita em Prov. 16:21: 

“O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.” 

Para o ensino da mocidade, os Cooperadores de Jovens e Menores necessitam se dedicar em conhecer a Bíblia com zelo espiritual, a fim de adquirirem bagagem de ensino doutrinário. Igualmente, requer-se que sejam diligentes em ministrar aos jovens e às crianças o caminho da santificação pessoal, incentivando-os ao bom convívio familiar e ao convívio entre a própria mocidade cristã. 
Dentre as reponsabilidades de um Cooperador de Jovens e Menores, destaca-se a necessidade de realização de visitas com a mocidade. Por fim, ele deve ser um amigo espiritual confiável aos olhos das crianças e da mocidade.  

15.    A PEDRA SOBRE A QUAL A IGREJA É EDIFICADA
Na passagem escritural na qual o Senhor Jesus afirma que a igreja de Cristo seria edificada sobre uma Pedra, devemos analisar todo o contexto para termos uma completa compreensão da referida afirmação do Mestre. Vejamos essa passagem: 

“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” (Mateus 16:15 a 18) 

Nessa revelação manifestada por Pedro, ele confessou, pela inspiração divinal, que Jesus era o Cristo, o Messias esperado. A pedra angular de toda a construção espiritual. 
Por essa razão, quando Jesus lhe disse: “sobre esta Pedra edificarei a minha igreja”, Ele se referia a Si mesmo, o Messias recém descoberto pela luz de Deus no coração de Pedro, a pedra de base para toda construção espiritual. 
Jamais Pedro um homem falível, imperfeito e incapaz de perdoar os pecados da humanidade e de fortificar a cada cristão em sua jornada, poderia ser o alicerce da construção da Igreja universal de Cristo. 
O apóstolo Paulo caracterizou bem essa questão em sua primeira epístola aos Coríntios como se lê: 

“Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (1Cor 3:10 e 11)

A referência a Cristo como fundamento, pedra e rocha são inúmeras, tais como: 

“Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido.” (Rom. 9:33) 

“E beberam todos duma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” (1Cor. 10:4) 

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.” (Ef. 2:20) 

“Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina...” (1Ped 2:7)

16.    NOVO NASCIMENTO
O Novo Nascimento ou Regeneração (João 3:3) resulta numa mudança sobrenatural nos sentimentos, pensamentos, ações e propósitos do cristão convertido, fazendo-o renascer, ressuscitar de entre os mortos. 
Isso porque quem vive uma existência dissociada de Deus está espiritualmente morto no pecado (Ef. 2:1), necessitando ressuscitar para uma vida em pureza e justiça divina (Col. 3:1). 
A regeneração é fruto da fé verdadeira em Jesus Cristo, que se alcança a partir do recebimento do Espírito Santo, na aceitação de Cristo Jesus como único e suficiente Salvador.
Portanto, o Novo Nascimento é uma base doutrinária de extrema importância, visto ser pré requisito fundamental para o cristão viver a eternidade na glória de Deus em Seu Reino bendito. 
Sem esse novo nascimento, não haverá transformação do velho homem – espelhado em Adão – em uma nova pessoa, num novo homem à semelhança de Cristo. 
O cristão regenerado se afasta do pecado, se santifica na graça que há em Cristo Jesus, pela obediência à Palavra de Deus. 
Todos os regenerados pelo Espírito de Deus tomam parte na natureza divina, sendo feitos filhos de Deus por adoção (Gal. 3:26). 
Assim, com o perdão de seus pecados e uma nova consciência adquirida no Espírito Santo, as manchas das iniquidades que os convertidos traziam consigo são lavadas, habilitando-os ao arrependimento, a fim de se afastarem de toda a sorte de contaminações do mundo (Mat. 3:2, At. 2:38 e 10:43). 
Os renascidos de Deus se recusam a prática do pecado, não amando as abominações do mundo, sendo submissos aos preceitos do evangelho (1João 2:15, 3:8 e 5:18). 

17.    JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Deus declara justo aqueles que creem em Jesus Cristo e em Sua obra redentora, lhes imputando a retidão e libertando-os do peso da culpa do pecado. 
Dessa forma, os crentes reconciliados com o Pai pela graça de Cristo, se tornam filhos por adoção mediante a fé. 
Pela justificação, o cristão não é transformado definitivamente em justo, mas alcança a retirada das acusações que pesavam contra ele nos tribunais eternos. Por essa razão, Deus passa a enxergá-lo sem manchas, aceitando-o e tratando-o como justo perante os Seus olhos. 
Em outras palavras, o cristão, embora ainda suscetível a cometer erros perante o Senhor pela sua falibilidade, a culpa do pecado fica removida de forma continuada pela fé, por intermédio do arrependimento e confissão de seus pecados. 
O perdão é concedido pela Graça, todavia, o crente toma posse dele pela fé em Jesus Cristo.
Finalizando, a partir da justificação, quando Deus olha para o cristão, enxerga refletida nele a justiça de Cristo e não mais suas antigas misérias humanas. (At. 13:39; Rom. 3:24, 28, 30; 4:25; 5:1; 8:33; 1Cor. 6:11; Gal 2:16 e Tito 3:7).

18.    GALARDÃO
No contexto escritural, galardão, se refere tanto a bênçãos quanto a maldições, sendo uma expressão da justiça divina. 
Existem, por exemplo, os galardões da injustiça, os quais não guardam nenhuma relação de comunhão com a vida em Deus, como se pode comprovar no livro de Atos dos Apóstolos 1:18:

 “Ora este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade; ...”  

Novamente, se percebe isso na segunda epístola do apóstolo Pedro 2:13: 

“Recebendo o galardão da injustiça;” 

Em contraste desses, existem galardões como recompensas, concedidos durante o curso da vida do galardoado, e outros que serão dispensados na eternidade (1Cor. 3:12).  
Importa ressaltar que esses prêmios dispensados por Deus no reino eternal não definirão uma classe de cristãos elevados, ocupando uma posição superior na cidade santa. 
O que sucederá serão favores concedidos pelo Altíssimo, os quais serão obtidos naquelas moradas por meio de boas ações cristãs praticadas durante a vida terrena, associadas a santificação pessoal. 
Portanto, nesse sentido positivo, galardão significa prêmio, uma recompensa dada ao crente como fruto de sua dedicação espiritual durante sua travessia terrena. 
É merecimento, semelhante ao salário relativo a obras realizadas e sacrifícios consumados. Assim, em se tratando de galardão, todo serviço será devidamente lembrado e considerado, sendo a sua obtenção totalmente dependente do cristão. 
Há diferentes graus de galardão, como se pode verificar em vários pontos da escritura sagrada, como em Lucas 6:23: 

“Folgai nesse dia, e exultai; porque, eis que é grande o vosso galardão no céu, ...”

Ora, se há galardão grande, há que haver menores, do contrário, essa frase não teria sentido. 
Outras referências: (Mat. 10:41; João 4:36; Heb. 10:35; 2João 1:8 e Apoc. 22:12).

A rigor, a vida eterna também é um galardão que Deus presenteia aos salvos por sua bondade, não resultando de méritos pessoais, como se lê em Ef. 2:8 e 9: 

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” 

Como esclarecido, a vida eterna no céu é obra exclusiva de nosso Senhor Jesus Cristo, fruto do Seu sacrifício em nosso lugar, porque em verdade, foram as nossas más obras que levaram o nosso Senhor se fazer maldição por nós na cruz. 
Ninguém jamais conquistou a Graça de Deus pelos seus valores humanos, ela é uma dádiva gratuita, não decorre de qualidades humanas, como está escrito em Rom., 3:23:

 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ...”  

19.    INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
Inspiração é a ação sobrenatural do poder de Deus sobre os homens santos, escritores do Antigo e do Novo Testamento na produção dos textos sagrados, sendo essa inspiração plena e verbal, como verificamos nos seguintes textos:


“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2Tim. 3:16 e 17)

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2Ped. 1:21)

20.    A TEORIA DA EVOLUÇÃO E A CRIAÇÃO MENCIONADA NA BÍBLIA 
A teoria da evolução nunca foi comprovada em nenhum dos pontos que estruturam a sua hipótese. Ao contrário, hoje há claras declarações científicas, muito bem fundamentadas, de cientistas que entendem que o universo provém de uma inteligência criadora. 
Essa teoria é chamada de Desenho Inteligente. 
Ademais disso, contra a teoria da evolução se constata total ausências de evidências de fósseis intermediários que corroborem uma suposta transição gradativa das espécies ao longo da história da humanidade. 
Outro ponto de contraste com essa teoria é a complexidade irredutível dos organismos. Sucede que alguns sistemas biológicos funcionam e existem com diversas partes interdependentes, absolutamente necessárias ao funcionamento adequado do corpo biológico como um todo. 
Concluindo, a ciência não apresenta uma explicação perfeita, coerente e amplamente aceita de como a vida surgiu na Terra, essa resposta nos é dada unicamente pelas Sagradas Escrituras.

21.    FREQUÊNCIA DOS COOPERADORES DE JOVENS E MENORES NAS REUNIÕES PARA MOCIDADE(RPM), REUNIÕES DE CONSELHO PARA MOCIDADE(RCM), CULTOS PARA JOVENS (CPJ), CULTOS NAS SUAS COMUM CONGREGAÇÕES E BATISMOS
O ministério de um Cooperador de Jovens e Menores, assim como todos os demais, implica em compromissos espirituais, comportamentos adequados e busca pela santificação. Devem buscar uma saudável inclusão nas atividades relacionadas ao seu bom exercício como ministro da Palavra de Deus, frequentando as Reuniões Para a Mocidade, Reuniões de Conselhos para a Mocidade e Cultos para Jovens, pois essa postura além de demonstrar comunhão com o corpo ministerial, ainda serve de exemplo para a mocidade.
Além disso, quando possível, é bom participar de batismos, inclusive convidando alguns jovens para estarem juntos. Já, em sua comum congregação, é de vital importância a sua presença nos santos serviços.

22.    FREQUÊNCIA DOS COOPERADORES DE JOVENS E MENORES NAS REUNIÕES MINISTERIAIS E ADMINISTRATIVAS DAS REGIONAIS E/OU SETORES A QUAL PERTENCEM 
A frequência dos Cooperadores de Jovens e Menores nas reuniões ministeriais pertinentes à sua Regional faz parte integrante de seu dever ministerial, conforme o Estatuto e Código de Ética da Congregação Cristã no Brasil. 
Quem não frequenta as reuniões ministeriais se isola e cometerá erros por não receber ensinamentos necessários à sua conduta. 

São Paulo, 1º de dezembro de 2024