Tópicos de Ensinamentos para Cooperadores de Jovens e Menores - CJM - 29/jun/25 - Port / Esp / Fran

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TÓPICOS DE ENSINAMENTOS

 

INICIOU-SE ESTA REUNIÃO EM NOME DO SENHOR JESUS

 

MINISTÉRIO E IRMANDADE

 

1. PERIGO de Ler e Aplicar Versículos Fora do Contexto

A pregação da Palavra de Deus é uma responsabilidade sagrada, exigindo dos pregadores uma abordagem cuidadosa e fiel às Escrituras. No entanto, um dos perigos mais comuns na pregação é a leitura de um único versículo sem a devida consideração do contexto em que está inserido. Essa prática pode levar a interpretações equivocadas e à aplicação errônea da Palavra, resultando em distorções de ensino bíblico.

Cada versículo da Bíblia faz parte de contexto maior, que inclui o capítulo em que está inserido, o livro ao qual pertence e a narrativa ou ensino geral das Escrituras.

Ignorar o contexto imediato pode resultar em interpretação que distorce o sentido original do texto. Por exemplo Jó 6:8 diz:

“Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero!”

Esse versículo, quando lido isoladamente, poderia ser interpretado como uma promessa de que Deus concede todos os desejos do coração. Contudo, no contexto, Jó está expressando o seu desejo de morrer devido ao seu sofrimento, e que revela um pedido em desespero e não uma oração que deve ser tomada como exemplo a ser seguido.

 

2. AS DISTRAÇÕES DO MUNDO ATUAL

A Palavra de Deus nos exorta a buscar o reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar e as demais coisas nos serão acrescentadas.

O tempo se torna um bem precioso quando focamos a nossa vida no que é bom e agradável a Deus, trazendo retornos maravilhosos para a nossa vida.

As distrações se multiplicaram na era atual e tem envolvido sobremaneira a vida de muitos. Elas roubam o tempo com assuntos que nada agregam de bom para a vida, impedindo o crescimento no que é útil e, principalmente, prejudicando a aproximação de Deus que acontece quando se dedica à oração e à meditação na Palavra de Deus.

As distrações tornaram-se um dos principais vícios da vida atual.

O mundo virtual, as mídias sociais, as séries e filmes, os jogos e leitura de livros fantasiosos tem tomado grande parte do tempo da vida de muitos jovens e adultos, limitando o seu crescimento espiritual e o desenvolvimento pessoal necessário nos dias de hoje. Não bastasse isso, o mundo virtual bombardeia as mentes com informações maliciosas que contaminam o coração afastando muitos da simplicidade cristã, da sã doutrina de Cristo, do amor fraternal e do puro cristianismo.

O Ministério aconselha a mocidade a despertar e apartar-se desse mal que domina a sociedade, buscando focar a nossa vida em propósitos que importam e que são agradáveis a Deus, que nos tragam edificação, construção de uma vida saudável, formação de um coração puro.

 

3. A SABEDORIA DO ALTO

A sabedoria do alto deve ser buscada diligentemente, pois é através dela que alcançamos o conhecimento e o entendimento necessários para uma vida plena e segundo a vontade de Deus.

 O conhecimento alcançado através da sabedoria leva a pessoa a viver sempre dependente de Deus.

 

4. COMO ESCOLHER O QUE É BOM SEGUNDO A PALAVRA

Tendo a nossa fé como bem maior, entendemos que, por ela, devemos definir nossas escolhas, tais como estudos, carreira acadêmica e ou profissional, atividades extracurriculares e, também o casamento.

Devemos buscar a Deus para que Ele nos guie no caminho em que devemos seguir, pedir para que o Espírito Santo nos mostre qual será a vontade de Deus em nossa vida.

Cada profissão ou área do conhecimento nos levará a uma proposta de vida material diferente e a ambientes específicos, que irá interferir diretamente na nossa caminhada espiritual.

"Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade:

Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.

 Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.

Ora o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." (Tg 3:13 a 18)

 

5. EQUIDADE RECOMENDADA PELA PALAVRA

A palavra de Deus nos ensina a equidade; todos devemos sentir o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa, nada fazendo por contendas ou por vanglórias, mas por humildade, cada um considerando o outro superior a si mesmo, fazendo todas as coisas sem murmurações e nem contendas.

O tratamento entre irmãos deve ser sempre de forma respeitosa, com humildade e mansidão, conforme os exemplos do Senhor Jesus, que mesmo sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, e tomando a forma de servo, fez-se igual aos homens.

A arrogância faz surgir a soberba, que é a falta de humildade e a pessoa que vive em arrogância e soberba não consegue viver em paz, pois desses males surgem as paixões para sustentar seu próprio sentimento e opinião, que geralmente impede a pessoa de viver em harmonia com os demais irmãos.

 

6. CONCUPISCÊNCIA DA CARNE

A concupiscência da carne são os pecados corporais que são condenados pela Palavra de Deus, pois contaminam o corpo que é o templo do Espírito Santo.

Ceder à concupiscência é cometer iniquidade, que é pecado contra os mandamentos do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que a alma que pecar, essa morrerá.

Sabemos que há pecados para a morte e pecados que não são para a morte. O desconhecimento da natureza pecaminosa dessas práticas leva a pessoa ao total afastamento de Deus.  Ainda que o pecado leve à morte, contudo, vindo a luz e o conhecimento e, se o pecador se arrepender, poderá alcançar graça, misericórdia e perdão.

Disse Jesus aos discípulos:

“Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.” (Jo 15:3)

Conclui-se, portanto, que a instrução leva ao pecador o conhecimento para se libertar do poder do pecado e da morte.

Quando a pessoa é vencida pelos sentimentos que a concupiscência produz, pode ocorrer a prática do pecado. Não se condena alguém por ser tentado pelos desejos, ainda que movidos pela concupiscência.

 O que a Palavra reprova é alimentar esses sentimentos, cedendo aos desejos condenáveis, os quais são iniquidades e, portanto, pecado diante de Deus. 

 

7. FONTES QUE ALIMENTAM A CONCUPISCÊNCIA CARNAL

As tais fontes podem ser áudio visuais, por todos os meios de comunicação, pela frequência em locais onde predomina a corrupção moral, por leituras de livros de caráter malicioso e perverso, por convívio com pessoas que fazem parte da vida desregrada em todos os aspectos, tais como moral, lascivo, entorpecentes e alcoolismo.

Frequentar locais aonde há essas práticas ou conviver com pessoas que tem tais costumes, relacionar-se com elas, mesmo através dos meios de comunicação, alimenta o poder da concupiscência e leva a pessoa a não resistir à tentação, cometendo o pecado.

Convivemos intensamente com a inversão de valores na sociedade. Os valores morais, da família, do direito da criança e do adolescente são invertidos pela sociedade, que busca incessantemente novidades que geralmente deturpam a orientação preconizada pela Palavra de Deus.

 

8. COSTUMES LÍCITOS, PORÉM NÃO CONVENIENTES

O servo de Deus deve observar as mutações dos costumes impostos pelo mundo atual, que mesmo sendo lícitos, nem sempre são convenientes, pois podem manifestar desconhecimento e ignorância dos preceitos dados pela Palavra de Deus.

Há nas cartas do apóstolo Paulo aos Filipenses 4:8, recomendação para que eles guardassem em seus corações e pensamentos, somente o que era verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama, havendo alguma virtude ou louvor, nisso pensassem. Essa recomendação era um antídoto para a concupiscência, pois a pessoa deixando de meditar nas coisas do pecado, enfraquecia os ímpetos da carne e fortalecia o espírito, tendo condição de se manter em paz com Deus.

 

9. COMO SURGE O PECADO

Pecado é transgressão de uma ordem dada por Deus que pode ocorrer pela concupiscência da carne. A concupiscência pode ser potencializada quando alimentamos sentimentos maus e perversos, através de pensamentos viciosos que a Palavra condena, tais como o ódio, a vingança, a traição e todos os demais atos corporais indecorosos e imorais, orientados pela mente humana.

O pecado, portanto, não surge isoladamente, mas tem suas raízes nas inclinações do coração e na predisposição da mente em ignorar os ensinamentos sagrados.

A natureza humana, em sua fragilidade, é propensa a se afastar do caminho da retidão, especialmente quando não está alicerçada na Palavra de Deus. Por isso, a vigilância constante e a meditação nas Escrituras são armas essenciais para resistir às tentações e manter-se firme na fé.

 

10. O PECADO DA FORNICAÇÃO

           A fornicação é o pecado da conjunção carnal cometido fora do casamento, quando a pessoa é solteira, viúva ou divorciada, não havendo laço matrimonial, isto é, a união entre uma mulher e um homem.

Ser tentado não é pecado, porém, a pessoa que pratica esse pecado conscientemente, que é a fornicação, torna-se sujeita ao juízo de Deus.

Se houver além desse pecado, práticas de sodomia, quais sejam: homem com homem, mulher com mulher ou inversão do uso natural da mulher, além do pecado da fornicação, a Palavra de Deus não somente condena como também expõe ao abandono os que tais atos praticam.

Quanto aos que cometem esses males, disse o Senhor Jesus em Mateus 7:23:

“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

 

11. CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

A consumação do pecado gera a morte. Em Romanos 6, nos versos 1, 2 e 12 disse o apóstolo:

“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”  

“Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade;”

Em Hebreus 10:26 e 27 diz a Palavra:

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.”  

Então é dever dos servos de Deus resistir às paixões carnais, evitando cultivar em nossos sentimentos o mal, porém, como somos agora mortos para o mundo, devemos meditar na lei do Senhor de dia e de noite.

 

12. MANIFESTAÇÃO DAS TREVAS

Deixar de ouvir a Palavra ou deixar de orar a Deus, são indícios de que a luz está se apagando, quando isso ocorre com a pessoa, logo aparecem as obras das trevas, as quais são as práticas dos costumes do mundo atual com as suas concupiscências carnais, as quais combatem contra o espírito. Então, ouvir a Palavra se faz necessário, pois disse Jesus aos discípulos:

“Vós já estais limpos, pela Palavra que vos tenho falado”. (Jo 15:3)

Por isso é dever de todos, buscar a Deus em oração para ser livre da contaminação do mundo. Vejamos o que disse Davi em sua oração escrita no Salmo 27, nos versos 8 e 9:

“Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei. Não escondas de mim a tua face, não rejeites ao teu servo com ira: tu foste a minha ajuda, não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação.”

Consideremos a grande eficácia da oração, que não é somente pelas coisas visíveis ou sensíveis à vida terrena, pois essas nos são peculiares, porém em prol daquelas que nos são invisíveis e que somente pela sensação espiritual podemos perceber a nossa deficiência.

Ora, a sensação espiritual ocorre quando há em nós um momento de reflexão, comparando o nosso estado espiritual em face à Palavra de Deus em todo o nosso viver, quer por pensar, agir ou praticar o que a Palavra de Deus reprova.

 

13. LEI DO PECADO

A lei do pecado que Paulo se referia era a que consistia em mandamentos e ordenanças, a qual instruía o homem com respeito aos seus deveres perante Deus, mas não dava poder ao homem para vencer o pecado.

Em Rom. 4:15 diz a Escritura:

“Porque a lei opera a ira; Porque onde não há lei também não há transgressão”.

Logo, vindo a lei, também manifestou o pecado no corpo mortal do homem, por causa da natureza humana, mas tendo agora a natureza divina, vivemos na graça do Filho de Deus e livres do poder do pecado e da morte.

É necessário entender o que significa a afirmação do apóstolo com respeito a carne servir à lei do pecado. Isso ocorre porque o nosso viver consiste em duas naturezas, a humana e a divina.

A divina é imaterial e mantem-se viva através da Palavra que é Cristo, porém a humana é terrena, é matéria e vive da matéria.

Fomos instruídos pela Palavra a dominar os nossos sentimentos para andarmos pelo Espírito e não pela carne, pois os que andam segundo a carne morrerão, mas os que andam pelo Espírito terão vida e paz, e é essa paz que necessitamos, a qual deve exceder todo o entendimento e guardar os nossos corações e sentimentos em Cristo Jesus.

E, assim, segue um excelente conselho:

Oremos constantemente para que o nosso piedoso Senhor Deus por Jesus Cristo no dê uma boa consciência perante Ele, livrando-nos dos sentimentos maus e perversos a fim de termos ousadia para entrar no Seu santuário, a quem pertence toda honra, louvor e glória, eternamente.

 

14. EFEITOS DA GRAÇA

Os chamados na graça do Senhor Jesus possuem a luz, que é mantida pela Palavra de Deus e consequentemente são iluminados.

A grande arma de nosso adversário é apagar a luz que nos ilumina, fazendo-nos andar em trevas, por cuja razão podemos tropeçar e até cair em fraquezas e pecados.

 

15. EXCLUSÃO DO ESPÍRITO

Pela fé tivemos a entrada a esta bendita graça e fomos feitos o templo e morada do Espírito Santo. Quando cremos e obedecemos a Deus, fizemos um concerto com Ele e passamos a viver pela fé, guiados por seu Espírito.

Ser guiado pelo Espírito é entregar nosso viver a Deus através da consagração, que é a entrega de todo o nosso viver, submissos à Sua vontade.

Excluir o Espírito é quando a pessoa se torna independente em todo o seu viver, deixando de ser guiada pelo Espírito e passando a ser guiada por seus próprios sentimentos.

Sabemos que o Espírito de Deus nos guia em toda a verdade, e, quando não somos mais guiados por Ele, passamos a errar, podendo cair em pecados e não mais sermos a Sua morada.

Isso ocorre com relativa facilidade, pois deixando de ser guiados pelo Espírito, de Deus, pode haver a Sua exclusão, e a pessoa passa a ser morada de espíritos das trevas, esfriando o amor e como consequência, a prática da iniquidade, que é perversidade, malignidade, imoralidade e todo tipo de maldade.

A iniquidade é um pecado, e quando praticada com pleno conhecimento, o seu perdão só se obtém através de arrependimento e confissão a Deus, desde que não ocorra como com Esaú que trocou o seu direito de primogenitura por um prato de guisado; e buscando ele perdão, ainda que com lágrimas não achou mais lugar de arrependimento.

 

16. ESPERANÇA DE SALVAÇÃO

No Salmo 27, verso 1, Davi escreveu:

“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?”

 E no versículo 13 diz:

“Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do Senhor na terra dos viventes”.

A terra dos viventes é a graça do Senhor Jesus. No Salmos 119:105 disse o salmista:

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz para o meu caminho”.

Também o Senhor Jesus disse no evangelho de João 8:12:

“.... Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.

 

17. COMO SER APROVADO POR DEUS

Como por força da lei terrena, todas as contas públicas para que sejam aprovadas devem ser auditadas, assim também para que possamos nos achar aprovados por Deus para toda a boa obra, devemos igualmente auditar a nossa conduta e nossos atos perante o Pai das Luzes em quem não há mudança e nem sombra de variação.

 

18. LUTA DA CARNE CONTRA O ESPÍRITO

Consideremos a lamentação do apóstolo Paulo quando falava com os irmãos de Roma, tendo em vista as tentações da carne em face à obediência devida a Deus.

Em Romanos 7:22 a 25 diz:

“Porque, segundo o homem interior tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”

 

19. MISERICÓRDIA E PERDÃO DE DEUS

A misericórdia e perdão de Deus são Suas atribuições, disponíveis também a todos que a Ele se achegam. Não podemos viver sem a Sua misericórdia e perdão.

São muitos exemplos disso tirados da Escritura, tais como no princípio da existência humana quando disse Deus a Caim:

“...Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.” (Gen 4:6 e 7)

 Consideremos o que disse Jesus em Mateus12, no verso 31:

 “Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.”